sábado, 12 de julho de 2014

P.S psiu

Não sirvo aos meus modelos de vida
Senão o inesperado caminho
que os pés fazem durante o dia
e o que a boca faz a noite.

Não há nada que me compete do dia anterior
que faça algum sentido para sua forma
Se quero um gemido mais ínfimo que a conversa diária;
um aperto em função da ira,
que lhe acoberta aos fins de noites.

Sim, uma perfeita imagem de nada
igual ao pensamento de ontem.
Uma coisa qualquer que mexe os músculos opacos
de algum prazer,
que reviravolta de tantas programações.

Uma imagem, um corpo, uma vontade
de dentes e línguas
de nada que chega a diferença das quatro paredes habituais.
Já não está lá, mas a sua frente
enquanto finge que acredita que existe sonho
enquanto foge de mim.

(Monique Ivelise)

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