sábado, 27 de dezembro de 2014

Um algo contagiante

Você canta as mesmas músicas para outra
Toca os mesmos ritmos
Sorrir como antes
Joga
pula
Cansa
Como mais um jogo da sua incrível vida de poeta.

No te demores,
o encanto não persiste
a proposta de uma vida livre
sem porta retratos,
não descompassa mais
não ferve mais o teu coração.

Esperando que o verão do seu sorriso nunca acabe,
fico entre a pérola e a espada.
Tente passar, o que estou passando
os versos são copiados
de um músico qualquer
na dúvida, de um carcará e outra rosa.

(Monique Ivelise)

Filha de um vento

Me disseram que era filha do vento,
mas faço um sopro aos ouvidos de quem tem medo.
Uma filha de momento,
que mexeria com as estrutura de um império
e conceberia a ironia nas mãos.
O que penso, senhores,
é a vontade de não mais sair quando me abalam.
Da linha de Iansã,
uma guerreira;
na verdade, uma lembrança de algo que nunca ocorreu.

Me disseram,
que bem manipulava o fogo ao meu favor,
a água ao meu coração,
a terra à minha semente.
Me disseram,
mas foram embora...
Era filha do vento,
mas encondo dele.

(Monique Ivelise)