domingo, 18 de novembro de 2012

A construção de rosas

O mundo é apenas um moinho.
Cheio de ventos desvalidos,
cheio de ventos calados.

Formados de rosas do fim do verão,
do calmo perfume roubado.
Assim acabando com os tristes olhares do estranho poeta.

E assim, a sorrir cumpro meu papel
de mocidade perdida.
Em favor de minhas letras,
ainda hei de amar.
Para não me calar em teu lado.

Deixe-me ir, sorrindo para não chorar.
Deixe-me ir, meus olhos já não fazem poesia.
Deixe-me ir, pois o mundo é apenas um moinho.
Preciso andar e procurar o nova velha poesia.
Procurar a alvorada.

(Monique Ivelise)

Cartola e seu Pai - O Mundo é um Moinho

domingo, 11 de novembro de 2012

Capítulo apagado

Foi uma grande violação,
as tuas costas ardidas
pela digna prostituição de tuas lágrimas,
da tua metida fraqueza;
que chora alegrias
sem saber que era promoção,
a mais alta promoção.

Calei minhas esperanças.
Hoje sou um descaso social,
sem sorte.
Peço por misérias,
por responsabilidades.
Calei-me e peço por abusos.

Já fui a puta, devido minha pele.
Hoje vivo, a cuja responsabilidade de um tráfico.
Hoje sou uma qualquer,
em desequilíbrio constante;
Sou uma qualquer.
Vou virar para rua
e reconhecer um novo
jeito de viver.

(Monique Ivelise)