terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pertences

Não tenho um dono
e nem espero mais que um copo d'água
não dá mais um sinal
de minha covardia
em verso e prova
de nada que me liga ao resto

passo adiante
na marginal
no mero acaso
não ser nada.


(Monique Ivelise)

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Espera

Ainda espero as mesmas palavras dos finais
algo seja comumente objetivo
não nada que
nada falado
dividido entre outras conversas
ou algo assim.

Apresento-lhe uma maneira
mais fácil de se pensar
o mais nada entre os demais

(Monique Ivelise)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Artigo de promoção

Há coisas que sei
mas não as pronuncio
sob a intenção de não perder
o pouco nada que tenho
e faz um tanto de reações
nos fios de cabelos
Como se fosse um ataque aos dedos
já que não se faz
os seus modelos
como quer comprar
 no mercado mais barato
da sua pequena cidade

(Monique Ivelise)

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Vício

A minha fúria tornou-se bebida aos lábios.
Algo que não mais rejeita a minha fome.
Aquele vício de fazer
o que mais dá vontade.
Meu sangue,
minha jugular
meu monte.

Vire-se para esquecer
E deseje as picâncias da minha pele.
Acomode-se como quiser.
Leia a direita.
E lambuze-se disso que você mais sonha.
Faça desfazendo a força sobre.

(Monique Ivelise)


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Um minuto

Às vezes só é necessário
dar continuidade as palavras, 
ditas durante a noite.
Aquelas que sugerem
as mais quentes provocações.

(Monique Ivelise)