domingo, 16 de março de 2014

Declarações

Finge que a sua palavra não foi declarada
em um sequer momento.
Finge, que o adeus já foi dado
e minhas memórias se permanecem
em vão e luto sentimento.

Não estou mais curvada aos teus pés,
não cessei de nada que me impede de viver,
somente quero as coisas impossíveis.
Já que são impossíveis,
continuo borrando os ventos como fosse o ontem.

Minhas cartas já não são remetidas há tempos,
Minha terra estranha, minha ferida
meu adeus se foram.
Hoje, finge não entender nada
e faz declarações que movem o tédio da vida.

Caso entenda algo do que foi escrito,
permaneça em silêncio,
pois declarações já não movem a lembrança.

(Monique Ivelise)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Trocas

Um vão por um medo,
em plena avenida parada
em dias de festas.

Mais um vão por um atitude
mal dada de caminho
bem pensada pela sorte
e pouco irônica de nascimento.

Pense, pare e não ouça;
os miados de fora
são fazem cachorro dormir.
Mais um vão pelo encanto de nada.

Nada mais a declarar,
o medo foi dado
pela moeda da casa.

(Monique Ivelise)