sábado, 19 de fevereiro de 2011

Reticências

Por que parar?
Se o erro é rápido,
o vento certeiro,
a luz imaginária,
a morte paciente.

Por que chorar?
Se não me comovo,
Se não faço diferente.

Por que continuar?
Se o destino já foi previsto,
a sorte lançada.

Resta apenas um processo,
de uma coisa que seria coisa,
se fosse verdade.

Resta apenas um sentimento,
já apagado pelo desencontro;
pelas cores transparentes.

Por que mesmo?

(Monique Ivelise)