sábado, 27 de novembro de 2010

Vergonha na cara

2010, Novembro, sábado:

Se vemos hoje, essa confusão no Rio de Janeiro, imaginamos várias perdices. Então qual a origem deste negócio ai?
Muito me alegro em refrescar as vossas memórias, segundo a nossa incrível política social brasileira. A organização geo-políticas das cidades foi o fator primordial para a construção das favelas. A limpeza dos grandes centros, fez das massas menos privilegiadas se deslocarem para os morros. Sem qualquer recurso, energia elétrica e tratamento, deram o seu "jeitinho brasileiro", e viveram assim até hoje.
Disso vocês já sabem, mas o que é mais importante para falar, é da culpa que o Estado tem. Devia se promover uma política social digna, que provesse o mínimo de igualdade. No entanto, o que vemos nas grandes favelas do Rio, é senão, o resultado da considerada "sujeira" em baixo do tapete.
Queremos paz, mas antes de tudo queremos dignidade.
Se há um grande poderio da organização do narco-tráfico, há também uma política que não privilegia a Educação, Saúde e o bem-estar de todos. Vivemos em uma sociedade mascarada, onde o preconceito ainda reina; que a cor de pele ainda é o fator básico excludente.
Será que esquecemos nossas raízes? Será que esquecemos de nós?
Se vemos as cenas do noticiário hoje, devemos lembrar de tudo que isso engloba. Devemos nos lembrar dos deveres que cada pessoa tem, em favor de si e dos outros.

(Monique Ivelise)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Poemeto da pedra

Um poeta já dizia,
o que tu chamavas de paixão,
era tão somente curiosidade.

E agora José?
O que se fez de tua paixão?
Ou melhor de tua curiosidade.

Descobriu-a por inteiro?
Ou fez de mal entendido,
por causa do automatismo.
Da situação confortável.

Então, cidadão
O que se fez de ti,
neste caminhos tão turtuosos.
O que se fez de ti, José?
No seu caminho, com a sua pedra?
Com a sua paixão?

Respondo-lhe:
Virou mais uma notícia
de um programa de variedades.

(Monique Ivelise)

Sorte


As vezes fico me perguntando. O que é realmente a chamada sorte? O que faz de uma pessoa sortuda?
Então, milhares dúvidas. Amor? Dinheiro? Paz? O que seria essa tal sorte?
Penso, eu, claro, na minha humilde opinião, que não seja nada. Ou melhor, nada que eu, vossa narradora, já tenha presenciado. Talvez por minha posição de poetiza antigo, a espera do absurdo.
Tenho que a sorte foi um produto construído por donos do pensamento pequeno da grande sociedade marginalizada. Ou seja, um contraste de vozes, quem sabe de movimentos.
A sorte tem vários propósitos, quem sabe um deles, iludir vós, mestres da grande ignorância aclamada.
Portanto, passo a vós: O que é a sorte? Senão uma parte escondida do azar.

(Monique Ivelise)

sábado, 20 de novembro de 2010

Nossa realidade


O sangue ainda é da mesma cor. Os sonhos também. Então faço-lhes uma pergunta, por que existe exclusão, intolerância, preconceito? Na nossa digníssima sociedade brasileira.
Desde o período de escravocrata, herdamos, ou melhor, herdaram uma ideologia excludente, que se apresenta nos mais altos lugares do totem da hipocrisia.
Tentaram múltiplos argumentos em favor desse sistema, mas implantaram a nação em que não há preconceito. A terra que tudo dá, "Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente".
O que vejo,hoje, senão a mostra mais pura da gentilidade disfarçada, o olhar excludente, uma população que tem fome, não só de comida, de liberdade, de cultura.
Vejo governantes, sórdidos, em procura por mais capital.
Vejo que as nossas amarras não se soltaram, continuam nos prendendo, nos enforcando, nos calando.
Vejo que um dia somente, não é capaz de recuperar vossas cabeças vazias, mas uma reforma, que se transita entre o absurdo e a liberdade para alguns.
Vejo que nossa consciência deva superar esse estigma.
Ser rosa, amarelo azul, dourado com pintinhas verdes.
Ser brasileiro, ser gente, ou pelo menos tentar.

(Monique Ivelise)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Enganos coletivos

Tantos dizem sobre a morena.
Símbolo da sensualidade brasileira.
De requebrados e falácias.
Mas o que sou eu?
Senão uma morena sem cor.
As vezes sem requebrados baronis.
Falta-me o encanto da raça,
o foco da luz.
Busco a serenidade,
invés da sensualidade da cor.
Busco o pensamento,
invés o prótotipo.
Busco um príncipe,
que se encante mais por meus objetivos.
Do que por meus olhares diferentes.
Meus olhos são mais que raros,
mel.
Representam o que sou,
meu pensamento.
Dizem que sou morena,
brasileira.
Eu digo: Dissimulada e oblíqua.

(Monique Ivelise)

domingo, 14 de novembro de 2010

Fever...

Ao som do Blues,
as almas se movimentam.
Paradas na órbita comunal.
Então se faz o sussurro.
Um leve toque.
Um leve balanço.
Realiza-se o desejo,
entre palavras,
olhares.
Novamente, a loucura,
toma conta do ambiente.

Nasce o sarcasmo,
a intriga e a dissimulação.
Os olhos que ao longe vêem
essa fantasia, transformam-se
Ao som do Blues,
as almas voltam para casa.

(Monique Ivelise)

A música é um dança de sentidos,
Completamente malucos,
Desenfreados pela maneira de ser,
Talvez um pouco tímidos,
Singular e plural,
Descosturados pela teia do escorpião,
São ares e desastres,
São manias,
é vontade.
São,
vosso,
senhor da maestria divinal.
Tecido pela vontade.
A batida dá vontade ser.
Dançar,
bailar,
Dance,
Tirar os pés do ar,
Gera vida,
gera continuidades,
Batidas,
Sons,
ouvidas.
Sem compreender.
Apenas ouvidas.
Até na panela,
nos ouvidos.
Na serpentina.
No asco de celebre deus oriental merdiânico

(Monique Ivelise)

Picante és teu sabor, vermelha tua cor, doce, tua fragrância. Desperta desejos oculto na memorável fantasia que é viver. A loucura em tempos de equilíbrio. Recrimida por eles que desconhecem seu poder. O arrepio de que sofre por não ter o que mais quer. Sementes de vida sob um caldeirão fervente na concepção de novo ideal suburbano, Queima o prazer, despreza-se a vontade, líquido manjar,de principes e plebeus. Adoça que não pode mais viver sem teu mel.(Monique Ivelise)

Tão ardente teu gosto de chocolate, derretido em prazer infantil. Carne caliente em pimenta dourada. Suor entre meios cansados da cotidiana vida. Lábios estremecidos com um toque de quero mais. (Monique Ivelise)

Uma casa sem tetos e sem paredes, buscam a minha vontade. Sou livre, tenho asas sde anjos mas ñ sei voar!!Canso, caminho, procuro, sou ave pequena que busca!!!( Monique Ivelise)

o que são estas? eu? talvez? seria? o que sou? quem sou? talvez? nada? louca? desmedida? sorridente? chateante? eu? tu? não sei? talvez? talvez? talvez!!!!(Monique Ivelise)

Reverências ao pequeno rei, que desde de cedo,teve a dúvida de ser homem. Em meio de tudo: Ser ou não ser. um pequeno menino que não sabe que seu futuro será marcado por espinhos e cruzes. Que chora no seio de sua pequena grande mãe,; Maria.Pequeno botão de de singular maestria. Teu nome será proclamada durante as épocas e temporais. Seu poder, invejado pelos mais conhecidos palhaços que tomam contam da politica atual. Um e ao mesmo tempo três. O único. (Monique Ivelise)

O sol não ilumina mais os teus amargos sorrisos,Cansado não tem mais vontade, Procura novas fontes de alegrias, Procura surpresas,Um escuerzo...Que se transformará, Assim se espera, Ou pelo menos conta-se a história, Assim espera o sol, Novos ideais,Novos gostos, O Novo (Monique Ivelise)

O teu negro sabor, tem vontades próprias.Faz ousadias em meu ser. Tua escuridão, sente o medo que a mim é escondido. Procura um certo estrando, que navega nos mares sombrios da prazer. A ti não tenho forças, a ti sou o pecado e a morte. Um louco desejo de mais, vontade e coragem. Lágrimas que despertam pra utopia. (Monique Ivelise)

sábado, 13 de novembro de 2010

Comentadas vidas

Estou procurando por mim.
Não quero me encontrar.
Quero ser livre.
Vou fotografando as paisagens,
que insiste em ficar.
Capturo essências minhas, excitantes,
presas no oxigênio.
Pesco maneiras de não ser mais que sou.
Iscas que se desfazem na água.
Um meio de não me achar.
Sou um Lost americano,
uma Frida espanhola,
uma Garibalde.
Loucas
Insanas.
Permeáveis ao então.
Saudáveis ao talvez.
Estou procurando por mim.
Acaso ache, não me fale.

(Monique Ivelise)

Tempos atrás ( Poema antigo)

Aqui mora uma fortaleza,
abalada pelas relações.
Amores se desgastam como pedras,
que perdem seu status.
Perdeu a doçura do olhar,
o encanto em viver.
O vento, destruidor,
limpa os pequenos resquícios da paison.
Tempo, este, um senhor da morte.
Do vermelho que se agora se escureceu.
A rosa que se negreciou.
A fortaleza, um coração que se quebrou.
Sou rainha da ventania,
que foge através dos mares do esquecimento.
Aqui morou a fortaleza.
Aqui morou um coração,
que se embruteceu-se, faleceu.
Aqui mora alguém que se perdeu.

(Monique Ivelise)

Histórias...

Meu tempo é percorrido através de meio supreinvertidos
Tosado pelas senhoras gregas da vida.
As Parcas!Oh Afrodite!
Traz minha orientação, uma que não sei qual é.
Faço de vários tempos o meu presente.
Júlio de Cesar, índio brasileiro do Planalto Central boliviano.
Sou Cleopatra da Silva Vargas, escondida,
no meio de tantas loucuras.
Sou o antitempo da vaidade.
Me despi daquela farsa.
Hoje só sou alguém.
Que vaga pelo presente,
ou talvez pela loucura.

(Monique Ivelise)

domingo, 7 de novembro de 2010

Palavra de ordem: SAUDADE

Os sinas se buscam
em um sinal,
mesmo que vago;
em uma palavra.
Uma certa curiosidade,
uma certa loucura.

Mensagens sobre o canto
da janela.
Olhos cegos numa amarra.
Que busca,
os elogios indiscretos,
a maldição de se está só,
somente só.

Saudade de algo
que nunca se teve.
Dos beijos sonhados.
Dos risos atravessados,
De todos os sinais,
mal sinalizados.

(Monique Ivelise)

sábado, 6 de novembro de 2010

Livre, parado...

Virtudes

Há anos atrás, não se sabia
se era verdade
todas as histórias da infância.
Não se sabia se a cortesia
era realmente cortês.

Há dias atrás,
não se sabia se teu rosto
fosse apagar-se.
Não se sabia se o momento
seria realmente momentâneo.

Hoje, as palavras
estão totalmente erradas.
Totalmente cansada de um
possível projeto.
Apenas confundem...

(Monique Ivelise)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Andanças...

Ando por ai, copiando tudo que vejo.
Tudo que poderia ser meu.
Copiando os sorrisos, as formas de viver.
Os sonhos perdidos no meio da esquina.

Caminho sem pensar no futuro.
Como um doente terminal.
Sem previsão, muito menos documento.
Sem, talvez, a verdade.

Apenas uma máscara,
de pessoa normal.
Que esconde a primeira bailarina,
de gingados baronis.
Da pele preta,
Sem coroa, sem trono.

Apenas uma andarilha,
que passa ao seu lado
todos os dias.
E não nunca há de ver.

(Monique Ivelise)