segunda-feira, 7 de julho de 2014

Falaceta diária

Já disseram um dia
que a novidade das vitrines
eram a falta e não o absurdo.
Eram um quem sabe
e não o com certeza.

Também disseram
que a imagem é mesma da rede.
Que não há nada escondido
através das vestes escuras
que cobrem minha pele.

Se confundiram com a cor
que pintam o meu cotidiano;
com a face que mostro publicamente
e aquela que permanece misteriosa e obscura.
Com a figura frágil da porcelana
e a potência de um vidro quebrado.

Pensam por aí que há mais de uma filosofia
para descrever as unhas dos pés;
sem que essa fosse realmente necessária
para alguma coisa.
Há uma plena maldosa vontade
de balançar os pilares da tua predita consciência.
De saciar o vinho que envenena os teus pensamentos.
Disseram um quem sabe
e nunca um com certeza.

(Monique Ivelise)

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