sábado, 20 de novembro de 2010

Nossa realidade


O sangue ainda é da mesma cor. Os sonhos também. Então faço-lhes uma pergunta, por que existe exclusão, intolerância, preconceito? Na nossa digníssima sociedade brasileira.
Desde o período de escravocrata, herdamos, ou melhor, herdaram uma ideologia excludente, que se apresenta nos mais altos lugares do totem da hipocrisia.
Tentaram múltiplos argumentos em favor desse sistema, mas implantaram a nação em que não há preconceito. A terra que tudo dá, "Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente".
O que vejo,hoje, senão a mostra mais pura da gentilidade disfarçada, o olhar excludente, uma população que tem fome, não só de comida, de liberdade, de cultura.
Vejo governantes, sórdidos, em procura por mais capital.
Vejo que as nossas amarras não se soltaram, continuam nos prendendo, nos enforcando, nos calando.
Vejo que um dia somente, não é capaz de recuperar vossas cabeças vazias, mas uma reforma, que se transita entre o absurdo e a liberdade para alguns.
Vejo que nossa consciência deva superar esse estigma.
Ser rosa, amarelo azul, dourado com pintinhas verdes.
Ser brasileiro, ser gente, ou pelo menos tentar.

(Monique Ivelise)