sábado, 20 de setembro de 2014

A sua espera

Faço agora para aqueles que não me veem,
não me reconhecem, não leem
nada faz da minha vontade
esta que fica ao redor do nada.

Fazia antes, para aqueles sonhavam com a figura
de algo que vendi meu
vendi como fosse meu
dei como era emprestado.

Ainda espero silêncio
algo que a mais
de um perfeito sonho,
algo em vão que já constroe os mesmos sonhos
as mesmas sertanias
algo maior que falo
ao pé de meu ouvido ressentido
e assim já é nada

(Monique Ivelise)