quarta-feira, 8 de maio de 2013

Maquinárias

O tanto é uma nota,
que sobra o choro,
sem por quê.
Por que?

Já não era assim,
já se fosse
já era.
Sem erva doce.

Era tanto uma nota,
o que sobra era um choro,
sem demasiado deveras.
Não aceita?

Já foi assim,
já se fosse,
já .
Sem limão.

Uma nota tanta,
que sobrou um choro,
sem quereres.
Não foi?

(Monique Ivelise)

Pele marcada

Em segundos, os olhos são transformados
em manias.
A distância em proximidade,
o silêncio em música.

Tudo feito no balançar de ouvidos,
fazendo expectativas sem par.
À espera de pedidos,
por preços.

Tudo à espera,
naquela praça.
Tudo na caminhada;
tudo no escuro.
Tudo à meia hora.

Não foi Jorge que cumpriu seu papel,
não fui eu que sonhei pétalas
e sim, acabei ao chão.

Hoje, nada espero,
senão todas as esperas.
Espero tudo que está marcado
em tua pele.

(Monique Ivelise)