sábado, 2 de fevereiro de 2013

O canto em verso (Iemanjá)

Oh minha rainha,
as tuas ondas se desfazem em reza.
Odò Janaina!
As vezes Iemanjá!

Teu canto em verso,
são flores em mel;
em águas de ressaca.
Teu louvor,
se fazem sob o verde maduro.

Oh minha mãe,
minhas oferendas não são dadas
em teu mar,
se não olhos e minhas palavras.
Iluminai minhas rotas.

Meus irmãos compartilham
meus paradoxos.
Ogum, Oxossi e Exu partiram,
e de mim, surgiu a história sem letras.
Então, minha mãe sereia,
fazei de minha objetividade
a tua primeira oferenda.

Salve conselheira dos mares,
fazei dessa navegantes
uma produtora de palavras,
como tu.

(Monique Ivelise)