sábado, 9 de julho de 2011

As sirenes

Enquanto as sirenes passam,
estou eu aqui suspirando
por palavras inválidas.
Estou aqui,
fingindo de fingidora.
Estou aqui,
fazendo de poetiza.

Enquanto lá,
o mundo vive e
brinca de não ser.
Enquanto lá,
os animais se devoram,
com calda de chocolate.
E eu, estou aqui,
sem saber para que lado ir,
só ouvindo as sirenes,
bem ao longe.
Como fosse mais uma música
das rádios.
As sirenes e eu aqui,
tomada de palavras,
que não fazem um sequer ruído.

As sirenes e eu.
Aqui

(Monique Ivelise)