segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Andanças...

Ando por ai, copiando tudo que vejo.
Tudo que poderia ser meu.
Copiando os sorrisos, as formas de viver.
Os sonhos perdidos no meio da esquina.

Caminho sem pensar no futuro.
Como um doente terminal.
Sem previsão, muito menos documento.
Sem, talvez, a verdade.

Apenas uma máscara,
de pessoa normal.
Que esconde a primeira bailarina,
de gingados baronis.
Da pele preta,
Sem coroa, sem trono.

Apenas uma andarilha,
que passa ao seu lado
todos os dias.
E não nunca há de ver.

(Monique Ivelise)