quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Foi apenas uma provocação

Abusei das palavras proibidas,
sem qualquer intenção medieval.
Cavalgando pelas tormentas,
mediei todo o esperado pela minha condição.

Façam as apostas.
O que os senhores bondosos querem desta humilde empregada?

Não versei a toa,
tudo são provocação.
Tudo são invenções da sua cabeça,
que o fazem melhor, 
pelo menos na sua cabeça;
pelo menos na sua cabeça.

Não acreditas?
Veja com o tempo,
Não vais está tão animado com a novidade.
Já não serão o brilho dos teus olhos, 
senão um pedaço de carne, prestes a  tua voracidade.

Farei o meu papel de suja,
bem qualquer borrão
na trajetória maquiada de minha espécie.
Cantarei a ode postada nos quadrinhos.
E assim, tornarei a personalidade da tua pátria.
Com milhões de exemplares, excitando profetas,
com tu, manterem a mesma órbitas dos acontecimentos.
Continuarem com a mesma ordem poética,
de dez palavras, 
palavras duras, ainda palavras.

Não entende?,
Faça sua aposta.
O que deseja, senão o meu relicário, 
comprado em lojas de conveniências.
A incrível miséria de 1,99.

Então, o farei sem nenhum inconveniente,
a espera da hora do abate.

Então, meu querido,
são apenas provocações.

(Monique Ivelise)