domingo, 18 de novembro de 2012

A construção de rosas

O mundo é apenas um moinho.
Cheio de ventos desvalidos,
cheio de ventos calados.

Formados de rosas do fim do verão,
do calmo perfume roubado.
Assim acabando com os tristes olhares do estranho poeta.

E assim, a sorrir cumpro meu papel
de mocidade perdida.
Em favor de minhas letras,
ainda hei de amar.
Para não me calar em teu lado.

Deixe-me ir, sorrindo para não chorar.
Deixe-me ir, meus olhos já não fazem poesia.
Deixe-me ir, pois o mundo é apenas um moinho.
Preciso andar e procurar o nova velha poesia.
Procurar a alvorada.

(Monique Ivelise)

Cartola e seu Pai - O Mundo é um Moinho