quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Um pequeno par

O que se pretende a parecer
é apenas a imagem planejada do absurdo.
Todas as fases,
todos os alentos da rua
e todas as veias da sua boca.

Um peço e meia atitude,
dois cantos e meia guitarra.
Tudo ficará as escondidas,
ficará aos comentários
de também meias páginas,
meias e meias metades.

O que fica é a personagem
das histórias, que falam por aí.
Aquelas histórias que donzelas inocentes
ainda acreditam.
Aquelas, que nunca contará
sua mísera caminhada
de míseros pares,

De restante,
será a mais cordial dos cordiais;
a mais pobre entre os ricos
e a mais vingativas entre vocês.

(Monique Ivelise)

sábado, 11 de janeiro de 2014

Boas vindas

Sonho e largo mundo,
mais vasto era o meu coração,
que se foi pelos reticentes caminhos da estrada.

Era questão de honra, de apreço e saudade.
Não faço por onde minha maldade,
que querer o errado;
vigiar o insano
e deleitar o infinito.

Quero as verdades insossas,
os bel momentos de loucura
e as viagens de um dia passado.

Peça por mim nas avenidas,
nos botequins de encontro.
Não encontro nas cartas de vinhos.
Me meço pelos gritos dos esquecidos.
Já que prefiro as reticências,
pois são sinais propícios para sua vinda.

(Monique Ivelise)