domingo, 17 de março de 2013

Tatuagem

O silêncio já causou rachaduras
O seu ato, a rotina.

Não me peça o murmúrio
Não me faça tatuagens de ar.

Surpreso?
Os loucos se fazem transparentes.

O seus ritmos...
Lourices...

Os meus encantos?
Já se foram.

Me peça uma palavra;
Lhe dou um momento.

Me peça uma loucura:
me avise a tua desgraça.

Não surpreenda,
se hoje me faço em seda.

Brilho sobre tuas conversas,
e mesmo assim, não queres ouvir.

Manda um beijo,
 a febre tatuada na pele.

(Monique Ivelise)

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