segunda-feira, 30 de abril de 2012

Sentenciada

Por um dia, fui a princesa dos reino dos arco-íris;
lugar onde todos eram felizes, sem qualquer preocupação,
sem qualquer perigo eminente para os que pensam demais.
Lugar de carinhos visíveis, onde as crianças se alimentavam de sinfonias molhadas,
e despejavam ondas de coloridos e assim saiam amplamente musicados.

Por minutos, era uma meretriz da nação culturalizada;
parada em um poste qualquer, de uma rua qualquer
em qualquer momento.
Rebanhado por médias postagens mediadas, de acordo com a tabela recente.

Caminharam com a verdade, que por muitos desmestificada e totalmente relativizada.
E eu? Fiz de nada para contribuir com a situação,
permaneci isenta das opiniões gerais das ruas e de suas pinturas na parede.
Pinturas sem contornos exatos, perfeitos protótiposda sua inspiração.
Nada fiz para a exata situação que se iniciara.

Chamei os muleques para a tal chamada revolução,
do pequeno povo de cantos abaixados, na frequência maldita fm online.
Por isso, fui sentenciada há 25 anos de prisão, por desacato à uma puta autoridade.
Fui presa com apenas a moeda do corpo, sem direito auxílio advogada.
Nem adiantaria, ninguém acreditaria em meu caso, de amante pervertida.
Ninguém recolheria minhas petálas secas,
ninguém reconhecia algo de saudável em minha pronúncia.

Por séculos, continuei a mesma pelos que me queriam afogada,
sem apelo ao juiz invisível, de um jurí diverso a minha vontade.
Hoje, escrevo essa carta, com a intenção de que ninguém a leia,
e não a faça uma heroína falida e mal tratrada.
Peço ao meu leitor ausente, que propague as notícias falsas e verdadeiros
ao meu desaparecimento de senhora gentil e inescrupolosa.
Apenas uma consideração, faça o favor de ir para o céu dos bobos,
pois o inferno de dante não lhe merece.

(Monique Ivelise)

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