sábado, 27 de dezembro de 2014

Filha de um vento

Me disseram que era filha do vento,
mas faço um sopro aos ouvidos de quem tem medo.
Uma filha de momento,
que mexeria com as estrutura de um império
e conceberia a ironia nas mãos.
O que penso, senhores,
é a vontade de não mais sair quando me abalam.
Da linha de Iansã,
uma guerreira;
na verdade, uma lembrança de algo que nunca ocorreu.

Me disseram,
que bem manipulava o fogo ao meu favor,
a água ao meu coração,
a terra à minha semente.
Me disseram,
mas foram embora...
Era filha do vento,
mas encondo dele.

(Monique Ivelise)

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