domingo, 28 de julho de 2013

Sanos

Morreu
as vertigens,
os sonhos.

Já não faço verso como antes,
virei a esquerda na esquina.
A água já não cobre a pureza,

ainda permanece meio turva.
A minha macuinez restou nesses pingos.
Não é água, não é que

fere teus potentes desafios
não é o que faz atrás das cortinas,
aquilo que embeleza a moral senhoril,

aquela que se pede às 2 da noite,
enquanto os humildes dormem.
Não foi você que rezou durante minha morte?

Que torturou a insensatez?
Então, por que prendes a onda?
Prendes o som?

Prendes o torto?
Morreu a morte,
pérfida morte das lágrimas.

Viraram a esquerda,
sem esquecerem que ainda era uma direita.
A água limpou-se mais.

Prendes ainda o torto?
Prendes meu sonho?
Morreu sim,

Sem pretensão de voltar.

(Monique Ivelise)  

Nenhum comentário:

Postar um comentário