segunda-feira, 28 de maio de 2012

Subtração



Faça o que quiser,
deite por por aí,
fale incompreensões,
não aceite o mínimo como oferta,
nem o máximo como herança.


Evite confissões,
sem teu algoz,
pare nas linhas verdes
e cruze as vermelhas..


Não espere pelos outros, 
uma forma amável de lidar.
Não ame os seus próximos,
Evite os sãos, 
aqueles que realmente sabem o que fazem.
Ou pelo menos, 
dizem que o fazem.
Não adicione, nem multiplique 
as variações da minha fala,
de detentora do saber.

A incrível poetiza,
reconhecida pelos becos sujos,
licenciada pela academia de poetas mornos
e aprovada por seu discurso comum,
de figuras comuns e gente comum.

Não faça de louco,
pois não sabem as opções de seu ato.
Nem queira as sombras lunares,
sem saber as pedras,
que veem junto.

As pedras já não fazem os mesmos estrondes,
já não quebram as vidraças da mesma maneira.
Foram contraídas em pó .
Em pó, serão jogadas nas águas 
do teu esgoto,
da tua rua,
dentro da tua sala de visitas.

Então:
Saia daqui 
e faça algo melhor, 
que leitura de poemas.



Não se faça de intelectual.
Realmente, faça algo melhor.



(Monique Ivelise)


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