segunda-feira, 27 de junho de 2011

Onde está você?

Acorda

Acorda senhor!
Não vê o que se passa?
Não vê o que acontece?
Acorda-te!

Não sabe a direção do meu olhar?
Do meu sorriso.
A direção dos meu toques,
Acorda!

Acho que a burrice não é dos
teus pre-requisitos.
Se fazendo de mal entendido.
Oh, burro senhor!

Chega de conselhos,
de amorecos.
Acorda!
Chega!
Acabou!

(Monique Ivelise)

domingo, 26 de junho de 2011

Como se faz?

Faz-se a música com barulho,
com baaaruuuullhhhooooo.
Muito por sinal.
Faz-se a música,
com palavras femininas:
rosas e oblíquas.
Faz-se a música,
com passos de luto.
Comemorando a morte
da insensatez de coisas.

Como se faz um poema?
Então, meu irmão?
Com palavras?
Com músicas?
E ai? Meu mano
Escreve ai!!!

Acho de baaaaruuullhhhoooo,
de palavras femininas
e com passos de lutos,
que estavam comemorando
a tal morte da insensatez.

E agora:
É música ou é poema?

(Monique Ivelise)

Mentiras


Uma lágrima,
apenas uma lágrima,
apenas uma.
Que soltei por ti.
Pelo seu desprezo.

Foi apenas uma batida,
forte porém única,
em meu peito.
Diante da amargura da tua voz.

O que faço?
Esqueci das imagens.
Dos lapsos de memória.
Das palavras.
Dos sonhos.
Dos gestos.
Teus.

Retomo a pergunta:
O que faço?
Escrevo e viajo
na mentira de um futuro.

(Monique Ivelise)

Sexo com c

Não condiz a minha postura com
a inegável herança de ironias.
Herança branca de brados retumbantes.
Herança de prostíbulos viciados.

Minha conduta se faz de modernidades.
De puteiros sedentos por destruição,
por aparecer, por ganhar voz.
Que se faz de sexo de palavras,
de ideais desprivilegiados.

Minha conduta,
perversa,
imoral,
dolente.
Te prende, te trucida, te mata.

É levada a julgamento,
das grandes senhoras do respeito.
Sem qualquer defesa.
Só em meio de civilizados.
Só, a selvagem conduta.

Pegou 30 anos de cadeira,
sem direito a súplica.
Sem nada,
sem nada;
nada.

Hoje, trancafiada,
em uma cadeia de alta periculosidade
(que palavra bonita!)
Muda, conduta!
Hoje, há mais condutas
do mesmo jeito.
Transando pelas avenidas,
sob os tais olhos,

Há como prender?
Diga você!

(Monique Ivelise)

domingo, 19 de junho de 2011

Fort Minor - Remember The Name (OFFICIAL Video) HD

Diga-me um nome


Qual é o preço de quem vive?
Que paga com seu sangre
a bebida de alguns.
Que paga com sua felicidade,
a imagem ao espelho de outros.
Qual é o preço?

De quem traga em seu desespero
para viver com incríveis segundos
de uma possível atenção.
Enquanto, há outros que brincam
de divindades,
escolhendo o futuro.
O que se faz?

Com um corpo estendido no chão,
que espera por canções de amor.
Que espera por
ordem e progresso.
Onde encontro?

A tal Pasárgada,
dos sonhos.
E assim ser amigo do rei,
e escolher e quer.
Acordou?

Se tornar um bobo da corte,
no lugar onde tem gente que
chama das terras das palmeiras.
Porém o sabiá,
já se foi.

(Monique Ivelise)

Editar páginas


Esqueça da canção,
ponha-te de braços atados.
Esqueça do sabor de noite,
das madrugadas.
Esqueça.

Desapareça dos olhos da certeza,
minta contra o inocente.
Desapareça de quem faz,
a intriga com tuas palavras.
Desapareça.

Arme contra o singelo adjetivo.
Arme em direção dos culpados.
Despeje balas na cabeça do desavisado.
Arme.

Mate a música,
a dança,
e principalmente o verso do que se diz.
Mate e sorria

(Monique Ivelise)

Pronomes

Já não há mais o pronome
que possessivou a tua linda ironia.
As tuas palavras,
os teus ordinários ferimentos.

Já não há mais pronomes
que demonstrem
a tua mentira;
a tua insensatez.

Muito menos, relativos.
Desafinados ao compasso
da matriz do fingimento.

Oh, desgraçado gentil
permanece na tua pessoalidade,
e vagas por caminhos tortos,
tentando sonhar.

(Monique Ivelise)

sábado, 11 de junho de 2011

Foi-se a consciência...

... transformou-se em sombra

Bomba de palavras

Espelho

Quem espera de mim respostas,
se ponham para fora.
Pois não sou dona de nada,
não tenho nada.

Quem espera de mim mansidão,
se desesperem.
Pois minha alma é feita do rarefeito,
do contraditório,
da obscuro.

Não tenho repostas,
nem soluções,
muito menos o mapa do tesouro.
Já sabes...

Então, faça de mim
as próprias perguntas,
as questões interrogativas.
Sou, sim, o espírito perturbado,
que luta, descontraria e revolucionar.
Ou mete-se a falar,
meias palavras sem sentidos.
Quem sabe,
um rosto sem reflexo.

Apenas, uma dúvida.
Sem veiculo.

(Monique Ivelise)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meu lugar de trabalho com as palavras...

Dama da luz vermelha

Sou inocente.
rezo todos os dias,
vejo a Globo,
tomo refrigerante famoso.

Não discuto,
não pergunto,
não mexo
sem a permissão adequada.

Não crio,
reproduzo.
Não faço,
copio.
Não assumo,
aliso.

Sou certinha,
adequada ao contexto.
Sou cordial,
receptiva.

Onde me encontro?
Em qualquer rua,
das grandes cidades,
pela noite.
E me vendo por um preço qualquer.

Quem disse que a perfeição não teria um preço?

(Monique Ivelise)

Marginal

Contrária a norma.
Contrária a Palavra.
Contrária a você.

Bato a cara do perverso,
monto na tua credibilidade.
Abalo tuas estruturas?
Penso que não.
E então?

Mostra minha origem?
É moda?
Meu descontentamento?

Não é nada disso,
é retorção,
é balançado,
é ginga!

Não sou inserida,
sou animal,
que você teme.
Sou fera,
que você tenta prender.
Sou a selvagem,
que você não entende.
Sou a índia,
que você acha exótica.
A negra,
que você estuprou.

Agora,
estou preste ao massacre
de palavras.
Palavras vermelhas
e não mais rosas.
Estou preste a desensinar.

Aguarde, senhor.
Livrei-me das amarras
e estou com fome.
Cuidado...

(Monique Ivelise)

Preparem-se

Está para começar a intensa...

Pimenta doce

Quer saber do que mais,
me esqueça,
me ignore,
me irrite.

Todas as idealizações que fiz de ti,
morreram!
Totalmente falecidas,
por crime passional,
com ataques obsoletos.

Agora o que resta é o sangue,
que ainda tem qualquer açúcar,
que não apresentam qualquer importância.

Hoje, me refiz
me fiz de dama da noite,
como batom vermelho
e olhos negros.

Hoje, me desfiz de coitada.
Tenho cachos e decotes,
tenho perigo.
E muito melhor,
tenho ousadia, tenho sarcasmo.

Então, me esqueça
Prefiro a pimenta ao doce...
Prefiro a realidade ao um
mero sonho de mensagens.

Então, me mata;
caso contrário,
te devoro...

(Monique Ivelise)

domingo, 5 de junho de 2011

Falando de amor

Não sei o que vou falar aqui,
tem alguma razão.
Também não sei se realmente
isso existo.
Nunca ouvi,
nunca senti,
nunca amei.

Então, posso realmente falar?
Eu te amo?
Palavras, um tanto repetidas,
desgastadas, empoeiradas.

Eu te amo?
Eu me amo?
Eu vos amei?
Eu nunca amei?

Então, tenho que começar a falar,
não é!

Estou realmente perdida,
falar do que não tenho conhecimento.
Falar,
vou me calar,
Calar para sempre.

Mude a canção,
Pronto:

(Monique Ivelise)

sábado, 4 de junho de 2011

Vendas

Eis a máquina que pensa,
porém não sente.
Eis máquina posta em meio de humanos,
com uma família qualquer.
Eis que máquina, que mais saudade
tem de seu computador,
de sua conversa virtual diária.

Aquela que parte o coração dos outros,
que suga o sangue dos bastardos.
Que não deixa nada,
absolutamente nada,
nada.

A máquina de coração de pedras,
daquelas que estavam no meio do caminho.
E agora, foram catadas e
permanecem guardadas no fundo do seu peito.
Estão prontas, para quebrarem vidraças.
Atacarem a ti, que assiste essa louca história.

A máquina, de corpo escultural,
com belos olhos misturados.
Atraente rosto de lata,
pintado de chocolate.

A máquina que ainda dança
talvez,
o único sentimento que a mesma possui.
Era a música da dança.

Eis aqui, senhores e senhoras
e quem mais quiser ouvir.
A máquina construída na década de 80
com formatos renovadas para época.
Ainda na garantia.
Com todos impostos já pagos.
Porém, devo avisar-lhes:
Esta possui vontade própria e
promove inconstantes desaventuras.
A mesma máquina de coração de pedra,
que prefere ao computador.
A mesma que possui olhos sedutores.

Cuidado, para não deixar seduzir,
pois ela pode te levar ao falecimento.

Eis, senhores, somente senhores
Promoção:
Pequenas parcelas de energia,
e você terá em casa esse incrível produto.
Eu garanto!

(Monique Ivelise)