Feito de música para falar de música. Bailante para dançar. Poético para poetizar. Louco para enlouquecer.
domingo, 19 de junho de 2011
Diga-me um nome
Qual é o preço de quem vive?
Que paga com seu sangre
a bebida de alguns.
Que paga com sua felicidade,
a imagem ao espelho de outros.
Qual é o preço?
De quem traga em seu desespero
para viver com incríveis segundos
de uma possível atenção.
Enquanto, há outros que brincam
de divindades,
escolhendo o futuro.
O que se faz?
Com um corpo estendido no chão,
que espera por canções de amor.
Que espera por
ordem e progresso.
Onde encontro?
A tal Pasárgada,
dos sonhos.
E assim ser amigo do rei,
e escolher e quer.
Acordou?
Se tornar um bobo da corte,
no lugar onde tem gente que
chama das terras das palmeiras.
Porém o sabiá,
já se foi.
(Monique Ivelise)
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Esqueça da canção,
ponha-te de braços atados.
Esqueça do sabor de noite,
das madrugadas.
Esqueça.
Desapareça dos olhos da certeza,
minta contra o inocente.
Desapareça de quem faz,
a intriga com tuas palavras.
Desapareça.
Arme contra o singelo adjetivo.
Arme em direção dos culpados.
Despeje balas na cabeça do desavisado.
Arme.
Mate a música,
a dança,
e principalmente o verso do que se diz.
Mate e sorria
(Monique Ivelise)
Pronomes
Já não há mais o pronome
que possessivou a tua linda ironia.
As tuas palavras,
os teus ordinários ferimentos.
Já não há mais pronomes
que demonstrem
a tua mentira;
a tua insensatez.
Muito menos, relativos.
Desafinados ao compasso
da matriz do fingimento.
Oh, desgraçado gentil
permanece na tua pessoalidade,
e vagas por caminhos tortos,
tentando sonhar.
(Monique Ivelise)
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