domingo, 4 de outubro de 2009

Solte a voz

Vá atrás da alegria, sente-se musicalmente agradável.
Solte a voz.
Faça sua melodia.
Encante-se pelo pecado.
Trate de fazer claves encantadas, sem tensão
Busque a loucura.
Saia,
procure e faça!!!
Música
de preferência...

Viva o soul

Soul (do inglês. "alma") é um gênero musical dos Estados Unidos da América que nasceu do rhythm and blues e do gospel durante o final da década de 1950 e início da de 1960 entre os negros.[1]
Durante a mesma época, o termo soul já era usado nos EUA como um adjetivo usado em referência ao afro-americano, como em "soul food" ("comida de negro"). Esse uso apareceu justamente numa época de vários movimentos de liberalismo social, tanto com a revolução dos jovens com o uso das drogas, como os movimentos anti-guerra e anti-racial. Por consequência, a "música soul" nada mais era que uma referência a música dos negros, independente de gênero.[1]
Durante a década de 1960, surgiu até o programa de televisão estadunidense Soul Train, que apresentava os sucessos das canções dos negros daquele país, independente do gênero do sucesso musical. Ainda no rhythm and blues, a popular dupla Sam & Dave escreveram um sucesso que ressurgiu mais tarde no filme Blues Brothers, no qual interpretam a canção "Soul Man". Sua letra cita "(...) eu sou um homem negro (...)".
A apresentação da música soul é muito emotiva; a melodia é bem ornamentada e com improvisações, rodopios corporal do cantor e efeitos sonoros dos instrumentos. Os ritmos pegam facilmente, acentuados com o bater de palmas e os movimentos plásticos da coreografia são detalhes importantes. Outras características estilísticas importantes são as perguntas e respostas entre o cantor solista e o grupo coral, no estilo responsorial, e uma interpretação dramática do vocalista principal. A música soul normalmente também apresenta cantores acompanhados por uma banda tradicionalmente composta de uma seção rítmica e de metais.
O desenvolvimento da música soul foi acelerado graças a duas tendências: a urbanização e a secularização do gospel. Artistas como Ben E. King, Ray Charles, Jackie Wilson, Sam Cooke e os Isley Brothers fundiram a paixão dos vocais gospel com a música cativante e rítmica do R&B, formando assim o soul no final dos anos 1950. Socialmente, a grande audiência de adolescentes brancos que ouvia (inicialmente) cópias (ou "covers") brancos do R&B e sucessos de rock começou a demandar gravações dos artistas negros originais, tais como Little Richard e Chuck Berry. No fim dos anos 1950, isto fez com que várias gravadoras buscassem versões vendáveis de música. Os mais influentes selos de gravadoras eram a Stax records, baseada em Memphis, Tennessee, e a Motown, baseada na região de Detroit.[1]
Durante os anos 1960, a música soul era popular entre negros nos EUA, e entre muitos ouvintes influentes espalhados pelos EUA e Europa. Artistas do chamado "Blue eyed soul" ("soul branco"; músicos brancos que tocavam para platéias brancas) tais como The Righteous Brothers alcançaram um grande sucesso em curto prazo, apesar de artistas como Aretha Franklin e o músico James Brown terem provado ser mais duradouros. Outros importantes músicos de soul da época foram Bobby Bland, Otis Redding, Wilson Pickett e Joe Tex. Da mesma forma que o "blue-eyed soul" ou soul branco, surgiu nesta época um grande número de variedades regionais do soul.[1]
No início dos anos 1970, o soul foi influenciado pelo rock psicodélico e outras variedades, e artistas como Marvin Gaye (What's Going On) e Curtis Mayfield (Superfly) lançaram declarações, em forma de discos, com duras críticas sociais. Artistas como James Brown conduziram o soul para uma espécie de "jam festival" dançante, resultando nas bandas funk dos anos 1970, como o Funkadelic, The Meters e a banda War. Durante os anos 1970, algumas figuras do "soul branco" comercial, como Daryl Hall & John Oates alcançaram grande sucesso, e também grupos como The Delfonics e grupos do "soul da Filadélfia". Por volta do fim dos anos 1970, a disco' dominava as paradas, e o funk, o "Philly soul" (soul da Filadélfia) e muitos outros gêneros foram influenciados pelo ritmo da discothèque. Um exemplo foi o grupo de "Philly soul" MFSB (produzidos por Kenneth Gamble e Leon Huff) ou o dançante funk de Rick James chamado "You and I", de 1978.[1]
Com a "decadência" da disco' music em fins dos anos 70, super-estrelas do soul, como Prince (Purple Rain) e Michael Jackson (Off the Wall) decolaram. Com vocais quentes e sensuais e batidas dançantes, estes artistas dominaram as paradas durante os anos 1980. Cantoras de soul tais como Whitney Houston, Janet Jackson e Tina Turner também ganharam grande popularidade durante a última metade da década.[1]
No início dos anos 1990, enquanto o rock alternativo, o heavy metal de grupos como Metallica, e o gangsta rap dominavam as paradas, alguns grupos começaram a fundir o chamado hip hop ao soul. Michael Jackson e o grupo Boyz II Men foram os mais populares dentre os pioneiros desta fusão. Durante a última parte da década, o chamado neo soul, surgiu e continuou esta mistura do hip hop ao soul, conduzido por nomes como Mary J. Blige, Lauryn Hill e Erykah Badu.[1]
[editar]Gêneros

Soul branco: tocado por artistas brancos, o chamado "blue-eyed soul" é caracterizado por ritmos cativantes e melodias suaves. Surgiu de uma mistura derivada do "rockabilly" de Elvis Presley e Bill Haley e das músicas de (Dion DeMucci) e do grupo The Four Seasons, de Frankie Valli. Outros artistas e grupos incluem os Righteous Brothers, Daryl Hall & John Oates, The Rascals, Mitch Ryder & the Detroit Wheels, Boy George, Eric Burdon, Wild Cherry, The Blues Brothers, Average White Band, George Michael, Rick Astley, Van Morrison, Joss Stone, Amy Winehouse, Duffy e Dusty Springfield. O álbum de David Bowie intitulado Young Americans é considerado um clássico tardio do gênero.[1]
Soul de Detroit: Dominados por Berry Gordy e sua gravadora Motown, o soul de Detroit é fortemente rítmico e influenciado pelo gospel. Freqüentemente inclui acompanhamento com palmas e uma forte linha de baixo, e também inclui sons de violinos, sinos e outros instrumentos não-tradicionais. A Motown tinha sua própria banda, chamada The Funk Brothers. Outros artistas e grupos: Marvin Gaye, The Temptations, Smokey Robinson, Gladys Knight & the Pips, Martha Reeves & The Vandellas, The Marvelettes, Mary Wells, Diana Ross (e o grupo The Supremes), The Four Tops e os compositores Brian Holland, Lamont Dozier e Eddie Holland|Holland.[1]
Soul de Memphis: Generalmente se refere ao soul produzido pela gravadora Stax Records, em Memphis. A Stax deliberadamente cultivava um soul bem característico, o que incluía a colocação dos vocais bem atrás durante a mixagem da gravação do que em outros discos de R&B da época, o uso de metais em parte da gravação no lugar dos vocais de fundo, e um foco na parte mais baixa do espectro de freqüências sonoras musicais (sons graves). A grande maioria dos lançamentos da Stax foram acompanhadas da banda Booker T and the MGs (da própria gravadora, que incluía lendas do soul como Booker T. Jones, Steve Cropper, Duck Dunn e Al Jackson) e a seção de metais do grupo Bar-Kays. O selo contava ainda com Otis Redding, Carla Thomas, Sam & Dave, Rufus Thomas, William Bell e Eddie Floyd entre seus astros. (Quem se interessar pela história da gravadora Stax pode consultar o livro de Peter Guralnik intitulado, em inglês, Sweet Soul Music. [1]
New Jack Swing e Nu soul: Apesar de se dizer que surgiram em meados dos anos 90, os elementos do "nu soul", uma mistura dos vocais R&B com a batida do hip hop e raps, apareceu inicialmente em fins dos anos 80 com artistas como Keith Sweat, Alexander O'Neal e The Force M.D.s. Durante o início dos anos 90, En Vogue e a britânica Lisa Stansfield continuaram a aproximar o que era chamado New Jack Swing do neo soul, que eram gêneros diferentes na época em que Michael Jackson (com o disco Dangerous), D'Angelo, Mary J. Blige, Lauryn Hill, Janet Jackson e Alicia Keys começaram a popularizar o som. Outros artistas e grupos: G.A.T., Jill Scott, LeVert, Jaguar Wright, Erykah Badu, Adriana Evans e outros.[1]
Soul da Filadélfia (chamado em inglês de "Philly Sound"): seus arranjos de metais podem ser reconhecidos em gravações de bandas como MFSB, Harold Melvin & The Blue Notes, The O' Jays,The Stylistics ou The Spinners, e de músicos como Billy Paul (e suas gravações mais conhecidas: "Your Song" (de Elton John, de 1972, e "Only The Strong Survive", de 1977). A "mão" dos compositores Kenneth Gamble e Leon Huff está bem presente no "Philly Sound". Também, o produtor, arranjador e compositor Thom Bell teve participação crucial neste movimento. Ele e a letrista Linda Wake Creed compuseram várias canções que tornaram muito popular o "Philly Sound" nos EUA e ao redor do mundo.[1]
Quiet Storm: Normalmente considera-se que surgiu com Smokey Robinson em Quiet Storm, o gênero do mesmo nome é suave e relaxante, com artistas como Anita Baker, Luther Vandross e Sade Adu.

James Brown (rei do soul)

James Joseph Brown Jr., ou simplesmente James Brown, (Barnwell, 3 de Maio de 1933 — Atlanta, 25 de Dezembro de 2006) foi um cantor, compositor e produtor musical norte-americano reconhecido como uma das figuras mais influentes do século XX na música.
Nascido na Carolina do Sul, foi um prolífico letrista e produtor musical, o principal impulsionador da evolução do gospel e do rhythm and blues para o soul e o funky, sendo a invenção deste último gênero creditada a ele. Também deixou sua marca em outros gêneros musicais, incluindo rock, jazz, reggae, disco, no hip-hop e na música dançante e eletrônica em geral.
Foi abandonado, aos 4 anos, por seus pais e deixado aos cuidados de parentes e amigos. Cresceu nas ruas de Augusta (Geórgia), onde cantava e dançava para pagar por sua vaga no quarto de um bordel.
Aos 16 anos, passou três anos em um reformatório por roubar carros.
Sua carreira de músico profissional iniciou-se em 1953, atingindo a fama no fim da década de 1950 e início da década de 1960, graças à força de suas performances ao vivo e a uma seqüência de grandes sucessos. Apesar de numerosos problemas pessoais e alguns insucessos, ele continuou a produzir sucessos nas duas décadas seguintes. Nas décadas de 1960 e 1970, Brown era uma presença em assuntos políticos norte-americanos, especialmente no ativismo em favor dos negros e dos pobres.
James Brown morreu aos 73 anos em 25 de dezembro de 2006, em Atlanta, Geórgia, EUA, após internação devido a severa pneumonia.