Contrária a Palavra.
Contrária a você.
Bato a cara do perverso,
monto na tua credibilidade.
Abalo tuas estruturas?
Penso que não.
E então?
Mostra minha origem?
É moda?
Meu descontentamento?
Não é nada disso,
é retorção,
é balançado,
é ginga!
Não sou inserida,
sou animal,
que você teme.
Sou fera,
que você tenta prender.
Sou a selvagem,
que você não entende.
Sou a índia,
que você acha exótica.
A negra,
que você estuprou.
Agora,
estou preste ao massacre
de palavras.
Palavras vermelhas
e não mais rosas.
Estou preste a desensinar.
Aguarde, senhor.
Livrei-me das amarras
e estou com fome.
Cuidado...
(Monique Ivelise)
Nenhum comentário:
Postar um comentário