domingo, 26 de agosto de 2012

Dedicatória

Que se faça antes de tudo a palavra,
que não é metida a revolucionária.
Se façam sorrisos sem concordâncias
e lágrimas cifradas.

A mão fechada em símbolo passado,
de um história de pares.
Uma mão fechada, carregada da primeira revolução.
Era uma mão fechada, plena de violência literária.
Não é vencida nos ringues de hipócritas.

Que se faça antes de tudo a ironia de um bom dia
ou de uma belíssíma noite.
O deboche e o choque dos perfis desacreditados.
A metáfora bem mais feita dos pobres de espíritos,
repletos por ópio sacro-sagrado.

Que se faça antes de tudo a palavra:
Bom dia, a metida revolucionária.

(Monique Ivelise)

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