sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Rabo de olho


Ainda sinto o perfume
do beijo do rosto.
Feito de sonhos científicos,
cordial e pacífico.
Do abraçado beijo seminarista
Do querido e idealizado abraçado beijo.
Do querido e abraçado virar de
olhos para direita.
Virar?
Um medar de olhos
fuzilante.
Um virar para esquerda
direita pra trás.
Quem sabe visualizar
outra cena transparente.
Visualizar, quem sabe, um sorriso xadrez
à esquerda, da sua esquerda.

Enquanto isso...
o grande, o grande, falava
o senhor que mexia, tremia
a mesa.
do tempero do cantinho que
algo pudesse ficar quietinho.
Dizia ele.

Outro, enquanto isso...
Surgia o rabo de olho
para o olho acompanhado
da direita, da sua direita.
Que também vigiava o
meu olhar da esquerda,
não para minha direita
e da sua esquerda.
Quem sabe do meu sorriso,
escondido e calado.
Vivendo acabado
mundo das flores brancas,
claras brancas claras flores.
Vivendo entre rabos de olhos
para minha direita.
Vivendo vigiado entre
flores brancas claras,
e sorrizados.

(Monique Ivelise)







Nenhum comentário:

Postar um comentário