Pare!
Os seus olhos se fecharam
e foram por ai,
atrás das voltas que não voltam.
Foram viver,
enquanto tu, digníssima,
descreve-os.
Segundo o versículo
do livro esmaltado.
Segundo a prece sem fé,
do puro escrevista.
Sente!
Veja os trucídios do século nascente,
entre conversões de lixo
em corpos.
A beira da invisibilidade,
dos mesmos olhos brancos.
Veja o que se transformou
a ideologia da patente.
Aquela, carinhosa, ideologia
de tortos.
Converteu-se em símbolo contrário.
A fonte do afastação.
Acomode-se senhor:
as tais figuras representadas,
podem ser encontradas facilmente.
Junto com elas,
munição de reclamante,
prestes a estourar.
Apenas abra a janela,
a explosão se dará, meu senhor.
A explosão se dará, meu senhor.
A explosão; meu senhor.
Explosão meu.
Explosão.
Meu senhor.
Senhor?
Explosão!
(Monique Ivelise)
Nenhum comentário:
Postar um comentário