Ah pequenino menino,
de tantas querências e de tantos desejos.
Pequeno, de palavras, de muitas palavras.
Alguns muitos galanteios e muitas verdades paradas.
Não tenho tempo pra falar seu nome,
pois não sei ingleis e nem franceis.
Apenas finjo falar uma língua estranha,
que nasceu com minha estatura.
Ah pequenino,
o batidão também faz música.
Talvez incompreendida aos teus ouvidos,
mas o fazem.
Não queira respostas, verdades.
Apenas deseje perturbações,
as mais puras perturbações provocadas, as mais impuras.
Um dia lhe disse,
que não são olhos os importantes,
mas o que fazes deles.
Não é o sorriso e sim para que você o usa,
para quem você sorri.
Cuidado querido...
Pequeno poeta cantante...
Não te contarei meus sonhos,
nunca lhe
contarei.
Ponha-se pelos mesmos caminhos
do romance pré moderno,
feito de personagens invisíveis.
Nem falarei que este traçado de palavras,
foram produtos de uma encomenda, feita a meia luz.
Apenas tragá-las-ei como se fossem apenas minhas
e de não mais, que eu mesma.
Apenas queimarei quaisquer resquícios das pequenas
palavras.
Então meu caro amigo,
Ponha-se para dormir
e que amanhã é mais um novo dia.
(Monique Ivelise)
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