terça-feira, 10 de abril de 2012

Correção

Não faças trovas para mim.
Nem faças palavras para minha direção
Não inventes mil tonterias sobre meus passos,
sobre minha pele, sobre meu sorriso clichê.
Não sou fonte de idealização,
muita menos daquela coisa que você costuma
chamar de inspiração,
por sinal, totalmente idiota.
Não sou imagens repetidas.
Como se não houvesse outras imagens para usar?
Como se fosse o primeiro a falar desse jeito.
Não sou menina, como aquela que vive a sua vizinhança.
Não sou mulher, como a de teu desejo mercantil
de rede sonora televisa principal.
Não sou ideais, que temas pronunciá-los em via pública.
No entanto, em vias seguras de conforto o esqueçe.
E ainda e não mais importante,
meus olhos não são aquela coisa,
como diz toda pessoa que me vê pela primeira vez.

Saia deste lugar que não pertence.
Saia deste papel já rabiscado, por melhores que ti,
pois estes, não insistem não mesmos lugares.
Saia daí e ponha tua gordura trangênica para trabalhar.
Por que não se faz chuva com um vaso de flor
e sentimentos repetidos.

(Monique Ivelise)

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