A minha malandragem
se confunde com a ironia
de alguém que fora chamado
para guerrear
A minha ginga
se faz dos retalhos de chita
de minha saia colorida.
A meu balanço,
foi um samba preso,
pela perseguição
do outro infeliz.
Eu menina,
de renda na pele.
Que sonha de messalina
de cordéis.
Que sonha em mundo amarelo.
Eu menina,
Que fala o não,
mas queria o sim.
Apenas eu menina.
Brincando de tornar-se
uma pequena mulher
costurada de fitas
do Senhor do Bonfim.
(Monique Ivelise)
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