Meu pastor, morto.
Minha fé, perdida.
Meus sonhos, acordados.
O que me resta?
A noite calada,
sussurrando
uma vida que poderia
ser a minha.
No entanto, não é
e não será.
O que me resta?
Sabotar
todas as trajetórias.
Sabotar
os tais sonhos.
E passar a arranhá-los.
Sufocá-los
Esmagá-los
Fazê-los de comida,
e assim deliciá-los.
O que me resta?
Aplaudir a
triste desaventura.
Aplaudir a voz
da minha cabeça,
que clama por
saudade.
(Monique Ivelise)
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