Não quero nada
Não ligue.
O meu não-ser é bem maior,
que o ser prometido.
De tantas identidades,
o corpo se desfez,
esfarelou-se;
tornando assim,
qualquer coisa.
Talvez não seja tão fácil,
O não-ser é ser autero demais.
Ser-não cansa o ser-de- quem se fez.
Sei que não sou,
mas sou o que não sei.
E se isso se isso não sabe,
não foi o que era.
Se certamente não sou,
então, como viver?
Se, porém, sou?
O que ser?
Sem rosto,
sem beijo,
sem sorte.
Muito menos sem cor.
Não-ser ou ser?
Era uma questão...
(Monique Ivelise)
Nenhum comentário:
Postar um comentário