Que elogiam os meus olhos singulares
Comuns a todos,
Comuns a sabedoria popular,
Comuns a tudo que se entende
São seus olhos que vêem a boemia
Vêem o certo incerto
O desconcerto do mundo
A putaria da boa samaritana
Não são os meus que são;
São os teus que não são.
Não são os meus que são de mel,
mas os teus são levemente picantes.
Não queira deslumbra-los,
pois a piada de tua boca,
a pouco espalhou tolices.
Não queira fazê-los de brinquedos,
por que olhos também têm sentimentos,
mesmo que pequenos.
Então, apenas continue teu caminho,
para frente e não olhe para mim,
pois meus olhos são cegos e mudos.
(Monique Ivelise)
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