sábado, 26 de março de 2011

Identidade

O meu rosto não condiz com as demais,
O meu pensamento, apenas uma fonte.
Pra onde vamos?
O que somos?

O que há de comum?
Entre as pessoas, uma nação.
Uma voz?

Digo, sou fragmentada
Sou divorciada de meu nascimento,
de minha raiz, de minha dança.

Construo meus passos,
sem que eles sejam iguais,
sem que eles sejam diferentes.
O que sou?
Somos?
Fui?

Minha identidade,
perdeu o registro,
perdeu o sabor tupiniquim.
Sobraram os números que
arrastam a história.
Sobrou a pertencimento perdido,
teorias e desmandos.

O que sou?
Somos?
Era uma vez...

(Monique Ivelise)

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