Meus pés ainda estão presos
meu corpo ainda se rende
a vontade do seu chicote
mata, guarda, prende e volta
prende, guarda, volta e mata
mata alguns sonhos
que são regidos a maestria dos tambores
sai ao ritmo de quem foge
mas não consegue sair
sai e volta, para encontrar-se com a morte
mesmo assim volta e mata as ilusões
sonha e foge
segue a linha da dança
e chora no asfalto
rasga o cabelo
na pretensão que seu sangue
não mais limpe seu choro
não deixe mais clara sua visão da vida
rasga o cabelo e chora na linha
dança nos espinhos
rasga o seu brilho
ao dar de si a sua carne
atrás da grande casa
rasga a memória
rasgam seu sexo
ainda rasgam seu cabelo
ainda dança em direção aos tambores
para encontrar a sua tonalidade
disfarçada nesses trechos
o sangue já não é visto
assim lhe guardam, lhe prendem e lhe matam.
(Monique Ivelise)
meu corpo ainda se rende
a vontade do seu chicote
mata, guarda, prende e volta
prende, guarda, volta e mata
mata alguns sonhos
que são regidos a maestria dos tambores
sai ao ritmo de quem foge
mas não consegue sair
sai e volta, para encontrar-se com a morte
mesmo assim volta e mata as ilusões
sonha e foge
segue a linha da dança
e chora no asfalto
rasga o cabelo
na pretensão que seu sangue
não mais limpe seu choro
não deixe mais clara sua visão da vida
rasga o cabelo e chora na linha
dança nos espinhos
rasga o seu brilho
ao dar de si a sua carne
atrás da grande casa
rasga a memória
rasgam seu sexo
ainda rasgam seu cabelo
ainda dança em direção aos tambores
para encontrar a sua tonalidade
disfarçada nesses trechos
o sangue já não é visto
assim lhe guardam, lhe prendem e lhe matam.
(Monique Ivelise)